Tia lamenta morte de refugiada em trem: "nenhuma família deveria passar por isso"

Foto: reprodução/ New York Post

A família de Iryna Zarutska, de 23 anos, se manifestou após a repercussão do assassinato brutal. A jovem trabalhava e morava nos Estados Unidos desde 2022. A ucraniana se mudou para o país após os ataques a Ucrânia e na tentativa de uma vida melhor. Os familiares da ucraniana exigem justiça e se manifestaram pela primeira vez; veja.

Iryna Zarutska foi morta a facadas em um trem na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, por um morador em situação de rua, Dearlos Brown Jr. O homem contava com 13 condenações, incluindo roubo à mão armada, mas foi liberado sem fiança e aguardava o julgamento.

O crime foi registrado por câmeras de segurança do metrô, em 22 de agosto. Nas imagens, a ucraniana aparece entrando no vagão minutos antes de ser atacada por Decarlos. Antes de atacá-la, o homem observa Iryna utilizando o celular por trás do assento. Em seguida, levanta e a golpeia no pescoço com um canivete que guardava no bolso.

A família da jovem alega que a morte de Iryna foi resultado de falhas sistêmicas na segurança pública da cidade e clama por uma segurança pública mais ampla.

Com o compartilhamento do vídeo no qual Iryna é atacada, a família da jovem pede ao público e à mídia que respeitem sua dignidade e não republiquem as imagens gráficas de seu assassinato horrível.

“Estamos com o coração partido além das palavras. Iryna veio aqui em busca de paz e segurança, e em vez disso sua vida lhe foi roubada da forma mais horrível”, disse um porta-voz da família em comunicado emitido por advogados e obtido pelo WSOC-9.

A tia da ucraniana, Valeria Haskell, afirma que a família de sua sobrinha passou os últimos três anos vivendo com “dor terrível” em seu país devastado pela guerra e agora está lutando para lidar com a morte da sobrinha.

“Sinto que as pessoas não conseguem imaginar o que estamos passando. Não tenho palavras”, lamenta Haskell.

Haskell também revelou que a mãe da jovem é a que mais está sofrendo. A familiar afirma que a mãe de Iryna está tão perturbada que está confinada em casa na Ucrânia enquanto luta para lidar com a morte.

O meio-irmão de Brown, Jeremiah, também se manifestou após a refugiada ser morta a facadas no trem. Para Jeremiah, o assassinato talvez nunca tivesse ocorrido se o sistema de justiça tivesse sido funcional quando Decarlo foi detido pela última vez.

“Acho que eles poderiam ter evitado isso naquela época. Ele poderia fazer isso de novo. Eles ainda deveriam tratá-lo por seus problemas mentais, mas há consequências para suas ações”, afirmou Jeremiah ao The Post, referindo-se aos termos estabelecidos por um juiz magistrado que permitiu que Decarlos fosse liberto da prisão em janeiro.

A procuradoria alega que o Departamento de Justiça buscará a pena máxima para Brown, chamando o ataque de Decarlo Brown Jr “resultado direto de políticas fracassadas de tolerância ao crime que colocam criminosos antes de pessoas inocentes”, na última terça-feira (9).

Fonte: RICTV