O professor Lucas Antônio de Lacerda, de 39 anos, executado em São José, na Grande Florianópolis, teve 35 ferimentos por disparos de arma de fogo, conforme laudo da Polícia Científica de Santa Catarina. A análise também identificou 15 projéteis alojados no corpo da vítima.
Lucas foi morto no dia 15 de setembro, por volta das 14h, no bairro Ipiranga. Os dois suspeitos de envolvimento na execução estão presos e viraram réus por homicídio qualificado. O crime foi motivado por vingança, após o filho de um dos réus morrer em um acidente de trânsito envolvendo o professor em 2024.
O laudo técnico apontou que os projéteis estavam alojados em diferentes partes do corpo: oito no ombro e braço direito, um na cabeça, três no pescoço, dois na cavidade abdominal, um na região do púbis e outro na parte direita do tórax. A causa da morte foi dada como politraumatismo por arma de fogo.
Os ferimentos também estavam espalhados por várias partes do corpo do professor executado. A maioria das feridas foi observada no tórax, pescoço e cabeça. O laudo foi concluído no dia 30 de setembro.
A denúncia do Ministério Público de Santa Catarina relata que os réus pararam o automóvel na frente do carro conduzido pela vítima e, em seguida, o pai desembarcou e executou Lucas. Os tiros atravessaram o para-brisa e a janela lateral do motorista e atingiram o professor.
O pai e o sobrinho suspeitos de envolvimento na execução do professor Lucas Antônio de Lacerda, de 39 anos, em São José, viraram réus. A dupla, de 45 e 24 anos, respectivamente, será julgada por homicídio qualificado.
Os dois réus também tiveram a prisão temporária convertida em prisão preventiva. A decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina entendeu que a medida se faz necessária dada a motivação torpe e as condutas pós-crime, que incluem a ocultação e troca de placas dos veículos, dificultando a localização.
Somado a isso, foi observado que os réus possuem histórico criminal. O pai, autor dos disparos, foi preso em 2017 por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. O sobrinho possui uma condenação por outro homicídio.
Professor não foi indiciado pela Polícia Civil após acidente de trânsito, aponta inquérito
Lucas respondia a uma ação penal por homicídio culposo na direção de veículo, relacionada ao acidente que resultou na morte do filho do réu em 2024.
Segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), o professor recusou a proposta de acordo de não persecução penal e acabou denunciado. A denúncia se baseou em boletins de ocorrência, laudos periciais e depoimentos de testemunhas coletados durante a investigação.
Contudo, o inquérito da Polícia Civil, obtido pela reportagem do ND Mais, considerava que Lucas não deveria ser indiciado pelo acidente. O documento cita a inexistência de “quaisquer indícios de negligência, imprudência ou imperícia, elementos indispensáveis à configuração do crime culposo”.
Fonte: ND+
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