À medida que o fim do ano se aproxima, milhões de trabalhadores brasileiros começam a receber o tão aguardado 13º salário. É um recurso extra que pode aliviar o orçamento e ajudar na organização financeira. Especialistas reforçam que o uso estratégico desse dinheiro pode fazer diferença significativa na vida financeira ao longo de 2026.
Assim, reunimos dicas práticas e confiáveis para orientar quem deseja usar o pagamento do 13º de forma inteligente.
Para quem possui dívidas — especialmente no cartão de crédito ou cheque especial, que têm as maiores taxas — especialistas são unânimes: destinar parte do 13º para redução de débitos é a forma mais eficiente de usar o dinheiro. Isso porque os juros compostos rapidamente ampliam o saldo devedor, comprometendo o orçamento mensal.
Renegociar dívidas neste período pode ser ainda mais vantajoso. Mas desde que bancos e instituições financeiras ofereçam descontos e condições especiais em campanhas de fim de ano. Abater esses valores agora pode significar economizar muito mais ao longo dos próximos meses.
Se as contas estão em dia, a recomendação é direcionar o 13º salário — total ou parcialmente — para a reserva de emergência. Assim, a orientação mais aceita por educadores financeiros é guardar entre 3 e 6 meses de despesas essenciais.
Aplicações em produtos de alta liquidez e baixo risco, como Tesouro Selic ou CDBs de liquidez diária, são os mais indicados para essa finalidade. Essa reserva ajuda a evitar o endividamento em situações inesperadas, como perda de emprego ou despesas médicas.
O início do ano concentra gastos importantes: matrícula escolar, IPVA, IPTU, material escolar e seguro do carro. Utilizar parte do 13º para planejar os custos sazonais evita que o trabalhador precise recorrer a crédito ou parcelamentos.
Uma prática recomendada é montar uma planilha ou usar aplicativos de controle financeiro para listar todos os gastos previstos e separar desde já o montante necessário. Além de reduzir a ansiedade, essa estratégia distribui melhor o impacto no orçamento.
Para quem está com a vida financeira organizada, o 13º também pode ser uma oportunidade de investir. No entanto, é importante reforçar que decisões sobre investimentos devem ser coerentes com o perfil de risco e os objetivos pessoais do trabalhador.
Opções conservadoras, como renda fixa pós-fixada, são geralmente as mais indicadas para quem está começando. Já investimentos como ações, fundos imobiliários ou ETFs exigem estudo e acompanhamento mais próximo.
Especialistas recomendam evitar “oportunidades milagrosas” e promessas de lucro rápido — um dos principais motivos de prejuízo e golpes financeiros no fim do ano.
Embora a orientação geral seja priorizar organização financeira, não é proibido separar uma pequena parte do 13º para lazer, compras planejadas ou descanso. O segredo é fazer isso sem comprometer o orçamento ou entrar em novas dívidas.
Estabelecer um percentual máximo — como 10% a 20% do valor — ajuda a manter equilíbrio entre disciplina financeira e bem-estar.
Passo a passo simples para usar o 13º salário com inteligência
Avalie sua situação financeira atual: veja se há contas atrasadas ou dívidas caras.
Defina prioridades: quitar dívidas > reforçar reserva > planejar 2026 > investir > consumo.
Evite compras por impulso: faça listas, compare preços e pesquise descontos.
Planeje-se para janeiro e fevereiro: antecipe gastos fixos típicos do início do ano.
Busque informação confiável: siga fontes especializadas e educação financeira de qualidade.
Um aliado poderoso para iniciar o ano com tranquilidade
O 13º salário pode ser mais do que um alívio momentâneo: quando usado com estratégia, transforma-se em uma ferramenta para redução de dívidas, construção de patrimônio e equilíbrio financeiro. Em um momento econômico desafiador, tomar decisões conscientes com esse recurso extra é fundamental para garantir mais estabilidade ao longo de 2026.
Se usado com planejamento, o trabalhador começa o próximo ano com menos pressão no bolso — e mais segurança para enfrentar imprevistos e realizar projetos.
Fonte: RICTV
Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

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