Os pais de uma criança de 10 anos denunciaram que o filho, que é autista, estaria sendo vítima de maus-tratos em uma escola da rede municipal de Curitiba. Carlos Xavier e Edilene Carvalho Xavier afirmam que o menino sofreu dois episódios de violência dentro da instituição.
De acordo com a mãe, o primeiro caso aconteceu quando o filho voltou para casa com o braço roxo.
“Mandei mensagem falando: ‘meu filho está voltando da escola com o braço roxo’. Na escola, a diretora veio nervosa e disse que não queria conversar. Eu insisti, e ela contou que o menino estava nervoso e que, ao tentar contê-lo, acabou apertando o braço dele. Perguntei se ela achava que foi ela, e ela respondeu: ‘foi eu’”, relatou Edilene.
Os pais registraram denúncia junto ao Conselho Tutelar e à Secretaria Municipal da Educação, que informou que acionaria a rede de proteção. “Pensei que isso não fosse mais acontecer”, lamentou a mãe.
O segundo episódio, segundo a família, ocorreu recentemente. Desta vez, os pais não foram avisados pela escola e souberam do caso por meio de parentes de outros alunos.
Uma amiga da família contou que a criança teria sido agredida novamente. “Não foi a primeira vez. Na primeira, ela bateu na cara dele. Agora deu um tapa no rosto e uma cadernada na cabeça”, relatou.
A mãe lembra que recebeu uma ligação da escola informando que o menino teria agredido uma tutora. “Fui buscar meu filho, e a diretora disse que ele havia batido na cara da tutora. Mas a própria tutora, na frente dela, disse que não admitia o que tinha acontecido”, contou.
Para o pai, a sensação é de impotência.
“É muito ruim, né? Você se sente impotente porque não pode agir, tem que aguardar que o Estado faça o papel dele de proteger seu filho. Mas em algumas instituições há conivência em deixar o caso esfriar, em não resolver o problema e não dar visibilidade pra ele”, afirmou Carlos.
A mãe reforça que entende os desafios no cuidado de uma criança autista, mas repudia qualquer tipo de violência. “Eu sei que não é fácil lidar com uma criança autista, mas é inadmissível agredir. Existem formas e manobras de conter sem violência”.
Fonte: RICTV
Foto: Reprodução/Ric RECORD

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