Uma operação de inteligência da Polícia Militar de Santa Catarina desmontou na tarde de segunda-feira (18) um verdadeiro centro de distribuição de drogas instalado em um apartamento no Litoral Norte. A ação, que contou com atuação integrada do 12º BPM, 25º BPM, equipes do Tático e da Agência de Inteligência, resultou na prisão de um casal e na apreensão de 176 quilos de cocaína e 12,7 quilos de crack.
O que chamou atenção foi a identidade dos envolvidos. Julian Felipe Feitosa e Isabella Poli, que nas redes sociais ostentavam uma vida de luxo, fama e supostos R$ 5 milhões em vendas on-line, foram flagrados com centenas de tabletes de entorpecentes acondicionados em sacos de ráfia e prontos para abastecer o mercado de drogas no litoral catarinense.
Investigação e ação precisa da PMSC
A operação teve início após o setor de inteligência do 12º Batalhão receber denúncias sobre o uso de um apartamento na Rua Dom José, 639, como depósito de drogas. Segundo as informações repassadas por fontes humanas, um carregamento estava prestes a chegar ao local para distribuição em cidades da região.
Por volta das 15h30, os agentes avistaram um veículo Renault Duster, placas BEZ7A82, estacionando de ré na garagem do prédio. O motorista descarregava sacos brancos de ráfia, e o formato e coloração indicavam que se tratava de tabletes de drogas. A Polícia Militar então deflagrou a abordagem.
O homem, identificado como Julian Felipe Feitosa, chegou a sair do imóvel para observar a movimentação na rua. Foi abordado e, sem hesitar, confirmou aos policiais que havia entorpecentes no apartamento. Dentro do veículo, os agentes encontraram uma caixa com 12 tabletes de crack. No interior do apartamento, os policiais localizaram dezenas de sacos de ráfia contendo 128 tabletes de cocaína de coloração amarela, 17 tabletes em embalagem preta e 22 com coloração azul.
Também estava no local Isabella Poli, esposa de Julian. Ambos receberam voz de prisão em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico e foram encaminhados à delegacia com o material apreendido.
A apreensão representa um duro golpe no tráfico de drogas da região. De acordo com parâmetros usados por forças de segurança em apreensões recentes, o valor da droga apreendida pode variar de acordo com pureza, ponto de venda (atacado ou varejo) e localização.
Com base em valores médios praticados no Brasil:
Cocaína (R$ 75 mil/kg no atacado): 176 kg x R$ 75 mil = R$ 13.200.000
Crack (R$ 10 mil/kg): 12,7 kg x R$ 10 mil = R$ 127.000
A vida de ostentação e a queda
Nas redes sociais, Isabella Poli exibe com orgulho placas simbólicas de sucesso financeiro. Em uma das imagens, ela segura um troféu com os dizeres “5M em vendas” e a inscrição “R$ 5.000.000 com lojas virtuais”.
Total aproximado: R$ 13,3 milhões em prejuízo ao crime.
Em cenários de venda no varejo ou tráfico internacional, a droga pode ultrapassar R$ 25 milhões, conforme dados de operações anteriores e valorações do Ministério da Justiça.
Atuação exemplar da PMSC
A operação foi marcada por inteligência, técnica e precisão. A vigilância antecipada, a ação coordenada entre batalhões e a entrada cirúrgica no imóvel permitiram um flagrante completo, sem risco para os policiais ou para terceiros.
A Polícia Militar de Santa Catarina destacou que a apreensão representa mais do que números: significa vidas salvas, rotas do tráfico quebradas e um recado claro às organizações criminosas de que o Estado está vigilante.
O impacto da ação é imensurável, considerando os desdobramentos da distribuição dessa droga nas comunidades. A apreensão representa o corte de dezenas de milhares de porções que teriam como destino bairros, escolas e ruas de Santa Catarina.
O que acontece agora
Julian e Isabella foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A droga apreendida será periciada. A investigação continua para identificar fornecedores, compradores e outras ramificações do esquema. A PMSC segue monitorando e reprimindo ativamente o crime organizado na região.
Fonte: Jornal Razão
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