Paraná ganha mais uma cadeira na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa

Foto: Nani Gois/Alep

Nas próximas eleições, os paranaenses devem eleger mais um deputado federal e mais um deputado estadual. A lei federal, aprovada na última quarta-feira (25), altera o número de cadeiras no Legislativo a partir de 2026. Para entrar em vigor, o projeto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Lula (PT). A medida redistribui as vagas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa do Paraná, e deve impactar os cofres públicos.

Com base na determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigiu uma readequação da representação dos estados de acordo com o Censo de 2022, os deputados deveriam redistribuir as cadeiras na câmara, sem aumentar o total de parlamentares.

O objetivo era ajustar a quantidade de representantes conforme a população: mais deputados para estados mais populosos e menos para os demais.

No entanto, o Congresso Nacional, ampliou de 513 para 531 o número total de deputados federais a partir das eleições de 2026. Ao todo, serão 18 novas vagas para nove estados brasileiros, incluindo o Paraná, que ganhou uma cadeira a mais na Câmara. A decisão impacta também nos legislativos estaduais. No Paraná, a Assembleia Legislativa passará de 54 para 55 deputados a partir de 2026.

A partir da próxima eleição, o Paraná terá 31 representantes na Câmara dos Deputados. Os novos parlamentares vão custar cerca de R$ 64 milhões por ano, considerando despesas como salários, benefícios e pagamento de assessores comissionados. Os três senadores paranaenses, Sérgio Moro (União), Oriovisto Guimarães (Podemos) e Flávio Arns (Podemos) se manifestaram contra o aumento. Na Câmara, na bancada do Paraná, 16 parlamentares foram contra e nove votaram a favor da mudança. Entre os favoráveis, está o deputado Sérgio Souza (MDB).

Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, Souza disse que acredita que a população brasileira quer cada vez mais ser bem representada.

“Eu entendo que a população brasileira está muito mais polida, eleitoralmente, muito mais consciente na hora do voto. Ela [população] tem votado, nas últimas eleições, de maneira muito mais consciente, especialmente no nosso estado do Paraná, e tem colocado bons parlamentares”, justificou o parlamentar.

O deputado Aliel Machado (PV) foi contra a ampliação por entender que esse não é o momento de aumentar gastos.

“Não tem como garantirmos que tem um ganho a mais para o estado. É uma discussão em todo o Brasil, nós estamos discutindo o orçamento federal e nesse momento de ajuste fiscal eu acho que é um equívoco ter um aumento no número de políticos, no número de cadeiras”, completa.

Um deputado a mais na Assembleia Legislativa no Paraná vai custar, pelo menos, R$ 2,5 milhões por ano. O valor inclui o salário do deputado, a contratação de 23 funcionários comissionados, além do ressarcimento previsto para gastos parlamentares.

O presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi (PSD), afirmou ser contra o aumento, mas que irá cumprir a decisão. “Nós conduzimos com muita competência com 54 deputados. Entendemos que a questão fiscal do país, esse momento difícil que o país está passando, não é o momento de gerar novas despesas para o setor publico”, ressalta.

Fonte :G1 Paraná