Empresas terão que operar com dois sistemas tributários a partir de 2026

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A partir de 2026, empresas brasileiras terão que operar com dois sistemas tributários simultaneamente. A medida faz parte da transição prevista na reforma tributária, que estabelece um período de convivência entre o regime atual e o novo até 2033. Durante esse intervalo, as empresas devem adequar seus processos internos às novas exigências fiscais, o que exigirá ajustes nos processos de planejamento e gestão fiscal.

Diante desse cenário, especialistas alertam que o período de transição exige preparação imediata por parte das empresas. A adoção de sistemas compatíveis com as novas regras, bem como a capacitação de equipes, será fundamental para evitar riscos jurídicos e perdas financeiras.

Para o consultor tributário Celso Eder de Araújo, autor do livro Regime Tributário Não é Loteria – É Escolha Estratégica, o impacto da reforma se estenderá ao papel dos profissionais que lidam com gestão contábil e financeira, que passam a ser mais estratégicos para as organizações.

“A reforma impõe uma série de desafios. Ter profissionais qualificados para adaptar o dia a dia das empresas ao novo modelo é essencial. Quem se antecipar terá resultados mais eficazes, quem adiar a adaptação, enfrentará aumento de custos, risco jurídico e perda de rentabilidade. Conhecimento tributário passou a ser questão de sobrevivência no mercado”, afirmou.

Entre os principais desafios imediatos, Araújo destaca a necessidade de interpretação das leis complementares, adequação dos processos internos, prevenção de riscos e garantia de conformidade mesmo em um ambiente dinâmico. Para o consultor, empresas que se prepararem desde agora terão vantagens competitivas no mercado.

“Operar em dois sistemas tributários exigirá capacitação e os gestores terão no conhecimento seu principal ativo para não transformar um desconhecimento técnico em prejuízos reais. A partir dessa inteligência tributária, surgem também oportunidades, como a melhoria na gestão, ganhos de eficiência e uso estratégico dessa inteligência para alavancar o lucro das empresas”, disse.


FONTE: METROPOLES