Desde o início da Operação Verão, no dia 14 de dezembro, 10 pessoas morreram afogadas em diferentes pontos do litoral paranaense. O número elevado de casos preocupa o coronel Manoel Vasco, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, que lembra que os banhistas devem respeitar as orientações de segurança dos guarda-vidas.
“Infelizmente a gente teve um aumento aí no número de óbitos. Nós tivemos também um aumento nesse fluxo de banhistas aqui no litoral. Mas a gente sempre procura salientar que esses óbitos ocorreram em horários que não temos a presença do guarda-vidas e também aonde não existe os postos de guarda-vidas”, explica o coronel, que destaca que são 100 postos em operação em todo o litoral.
“Nós tivemos essa questão de aumentar o número de postos. Peço à população atenda as orientações do guarda-vidas, porque nós vamos naqueles locais onde existe um risco e essas pessoas são orientadas. No primeiro momento elas saem da água, obedecem essa orientação, mas infelizmente acabam retornando. Como no caso daqueles dois meninos, que estavam desacompanhados dos pais, que acabaram sendo orientados e voltaram para o mesmo local que não tinha essa visualização dos guarda-vidas”, complementa, lembrando da importância da presença constante dos responsáveis pelos menores de idade nesses momentos.
“A gente está fazendo campanhas para estarem essas crianças menores acompanhadas pelos pais ou por pessoas responsáveis, e que façam esse tipo de situação de banho na presença dos guarda-vidas”.
Desde o início da operação, foram cinco mortes em Matinhos, duas em Guaratuba, duas em Morretes e uma em Paranaguá.
Cuidado em cachoeiras e rios devem ser redobrados
O coronel também comentou sobre o caso das duas mortes ocorridas em uma cachoeira, de pessoas que tentavam resgatar uma jovem que estava se afogando, ocorrido na quinta-feira (2).
“Ontem a gente tinha ali uma uma menina, né que estava para ser resgatada. Acabou sendo resgatada por familiares, mas os dois que salvaram a menina acabaram, por uma questão de exaustão também, perdendo as suas vidas. Então a gente pede que a população imediatamente acione o Corpo de Bombeiros. Esses locais, na sua grandes maioria são privados e, assim, se faz necessário também que as pessoas façam contratação de salva-vidas”, explica, lembrando que houve outros casos de afogamento em cachoeiras no Paraná.
“A gente sabe o quanto que é perigoso essa questão das cachoeiras. Nós tivemos também outros episódios no interior do Paraná e por isso a gente orienta que a pessoa deve ter uma preocupação muito maior. Tem a questão da cabeça da água ali, que acontece de uma forma muito rápida e a força da água acaba levando a pessoa ao afogamento”.
Acidentes com águas vivas e caravelas também preocupam
O comandante falou ainda sobre o aumento dos casos de queimaduras provocadas por caravelas e águas vivas no litoral paranaense.
“Um aumento bastante significativo, de 900% de aumento. Por isso todos os guarda-vidas estão orientados para realizar o atendimento inicial, de uma forma básica, com vinagre. Então todos os postos estão preparados para isso. E naquelas questões que evoluem, eles chamam uma ambulância para que se tenha um atendimento mais especializado”, conclui
Fonte: RICtv
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